A vida consagrada depois do Concilio Vaticano II


O Concílio Vaticano II ao tratar da vida consagrada, diz: “O estado (de vida consagrada) constituído pelos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está, contudo, firmemente relacionado com sua vida e santidade (LG, 44). Os conselhos evangélicos da castidade consagrada a Deus, da pobreza e da obediência se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. São recomendados pelos apóstolos, santos e padres e pelos mestres e pastores da Igreja. Constituem um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e por graça dele sempre conserva. A própria autoridade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, cuidou de interpretar os conselhos evangélicos, regulamentar-lhes a prática e estabelecer formas estáveis de vida (LG 43).
A vida consagrada é sobretudo um sinal. Diz o Concílio: “A profissão dos conselhos evangélicos se apresenta como um sinal que pode e deve atrair eficazmente todos os membros da Igreja, para o cumprimento dedicado dos deveres impostos pela vocação cristã. Como, porém, o povo de Deus não possui aqui (no mundo) morada permanente, mas busca a futura, o estado religioso (de vida consagrada), pelo fato de deixar seus membros mais desimpedidos dos cuidados terrenos, ora manifesta já aqui, neste mundo, a todos os fiéis a presença dos bens celestes, ora dá testemunho da nova e eterna vida conquistada pela redenção de Cristo, ora prenuncia a ressurreição futura e a glória do Reino Celeste (LG 44). Assim, a vida consagrada é sinal das coisas de Deus, da nossa ressurreição futura e da glória do Reino Celeste, pois faz dessas realidades sua vida já aqui no mundo.

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