Testemunho - Ana Rita - Movimento Óasis
Felizmente,
aceitei esse desafio e desse primeiro retiro, o que mais me marcou foi o
contacto com um género de felicidade que eu nunca tinha visto antes. Venho de
uma família muito feliz, mas quando conheci a Ana Maria (e as outras Ancilla Domini) percebi verdadeiramente
qual é a luz que brota de quem encontrou
um tesouro: ter Jesus ressuscitado no centro da sua vida! E esta luz
concretizava-se, por exemplo, no abraço fraterno de quem acolhe os jovens no
inicio do retiro e no amor de quem, escondido na cozinha, prepara as refeições
pensando em cada um de nós (e atentando nos pequenos pormenores: como passar a minha sopa porque só como sopa
como a dos bebés). Estes pormenores podem parecer menos importantes na
caminhada de fé, porém, fizeram-me perceber que aquelas pessoas viviam de verdade
o lema do seu movimento: servir por amor.
Se repararmos, era assim que Jesus
chegava às pessoas: partia do concreto do dia-a-dia, suprimia as suas
necessidades físicas e depois passava-lhes uma mensagem Evangélica. Com os
jovens de hoje esta continua a ser a melhor abordagem na minha opinião: partir
de gestos concretos e verdadeiros para depois uma conversa mais profunda. Na
altura, a forma como eu conseguia exprimir tudo isto que presenciei eram
dizendo “eu quero ser assim feliz!”
Movimento Oásis e o discernimento vocacional
Conheci o
Movimento Oásis há 7 anos, tinha eu 15. Era uma adolescente que esperava
cumprir a catequese para ter o “diploma” do Crisma e, assim, um dia mais tarde poder
vir a ser madrinha (realidade transversal
a muitos dos jovens), a quem foi proposto fazer um retiro (ideia que me assustou muitíssimo porque eu
achava que não conseguia rezar durante 3 dias).
Houve, então,
uma autêntica viragem na forma como eu via a catequese. Deixou de ser uma
obrigação para passar a ser em cada semana uma oportunidade de conhecer este
Jesus que continua a apaixonar pessoas. Seguiram-se mais retiros e fui ganhando
o gosto pela oração através de um momento que marca todos os que passam pelo
Oásis: a vigília de sábado à noite.
Este é um momento de paragem, em que o céu e a terra se tocam na simplicidade
da capela, proporcionando ao jovem um encontro consigo mesmo e com este Jesus vivo que tem um projeto de amor
pensado desde a eternidade para si.
Este projeto
parte sempre do infinito amor de Deus, mas precisa do meu SIM para se
concretizar. A proposta é sempre audaciosa, porque como dizia o fundador do Movimento,
Padre Rotondi “quando pedimos aos jovens
pouco, eles não dão nada. Mas quando pedimos muito, eles dão tudo.” Por
isso, o Oásis propõe-nos alcançar a
santidade através do serviço por amor: tornando as nossas capacidades
realidades, estando atento às necessidades do mundo, sendo humilde, dizendo SIM
a Cristo e SIM aos irmãos, à semelhança do SIM radical de Maria na Anunciação.
Vindo beber desta espiritualidade do Oásis, o objetivo é partir e ser “fermento no meio da massa”. Seja em
que vocação for! Importa salientar a liberdade com que o discernimento é feito
no Oásis, porque, ainda que seja de extrema importância que haja pessoas que se
consagrem a esta obra, as Ancilla e
os sacerdotes do movimento, querem sempre que cada jovem encontre o projeto que
Deus tem para si, seja ele qual for. Por isso, temos muitos casais que também
são oásis, irmãs franciscanas que são oásis, irmãos maristas que são oásis…
Porque, no fundo, é Oásis todo aquele
que serve por amor na sua vocação!
Hoje tento ir
à Eucaristia diariamente, estou a terminar de ler o Antigo Testamento, rezo a
Liturgia das Horas e o terço é muitas vezes o meu companheiro nos
transportes… Mas não tenho mérito nisto!
Tive foi a Graça de ter quem me mostrasse que Deus me ama e me fizesse querer
retribuir este amor! Isto para realçar que os
jovens conseguem ser muito profundos, mas temos que saber chegar até a mundo
deles (fazendo com que eles queiram amar a Deus na Igreja e que as
atividades não sejam um conjunto de obrigações que eles não compreendem) e isso consegue-se sempre com muita verdade. Ana Rita Vieira
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